quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Para você ganhar um belíssimo Ano Novo...

 

Não precisa fazer lista de boas intenções para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar de arrependimento pelas besteiras consumadas...

É necessário que vc faça da vida um canteirode oportunidades para vc ser feliz...

E, quando você errar o caminho, recomece.

Pois assim você descobrirá que ser feliz não é ter uma vida perfeita.

Mas usar as lágrimas para irrigar a tolerância.

Usar as perdas para refinar a paciência.

Usar as falhas para lapidar o prazer.

Usar os obstáculos para abrir as janelas da inteligência.

Jamais desista de si mesmo.

Jamais desista das pessoas que você ama.

Jamais desista de ser feliz, pois a vida é um obstáculo imperdível,
ainda que se apresentem dezenas de fatores a demonstrarem o contrário.

Para ganhar um ano-novo que mereça este nome, você, meu caro,
tem de merecê-lo, tem de fazê-lo novo!

Eu sei que não é fácil mas tente, experimente, consciente.

É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

"Responsabilidade é assumir uma tarefa para si perante outros. É saber que os demais dependem da sua colaboração e do seu compromisso. Em momentos de desânimo, lembre-se que há outros que dependem do seu trabalho, da sua ação efetiva. Se não por você, faça bem, faça direito, e faça por eles."
 
Enviado por: Umbanda, eu curto.
Fazer uma prece é muito mais do que apenas entoar um hino ou uma oração. É preciso realmente sentir o significado das palavras, da mensagem contida nas orações. Faça de sua prece o seu momento de ligação com o mundo espiritual, esteja atento à mensagem, tenha fé e acredite nos desígnios de Deus. Somos todos filhos Dele.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Mensagem do Xangô do Fogo

"Quando se vai em algum lugar, devemos levar alguma coisa boa: PODER É DEUS, EXEMPLO É OXALÁ, FORÇA É PERDÃO".

A força de cada um, é o perdão. aprenda a perdoar todos os que passaram pelo seu caminho. Se não perdoarmos alguém, ele será uma pedra em nosso caminho. O poder de Deus não se manifesta. O poder de Deus é o exemplo. É a força de perdoar.

Perdoando se encontra a força. Se encontra um sentido para a vida. A vida por si só é um mistério. Estar vivo é um milagre. Agradeça por estar vivo. Agradeça sempre.

Temos uma boca e duas orelhas para: Ouvir mais do que se fala. Falar menos do que se ouve. E buscar viver mais, "do lado de dentro" e não da "boca para fora".

A razão de viver: Viver o seu melhor. Viver o melhor, é ser o melhor que você pode.

Sofra, aguente a dor. E seja firme no caminho da luz, que não tem atalho. Na hora do sofrimento e da dor, busque Deus, que está dentro de você.

Seja firme. Pare de reclamar da vida. Agradeça o que você tem e não reclame do que você não tem. O que você tem pode ser retirado para você aprender a lição da humildade. Se você perder a matéria, pense que você tem uma cabeça para pensar.

E pense em Deus. Deus pode modificar sua vida se você caminhar com Ele. Caminhe com fé. Se te faltar a fé, peça a Deus para encontrá-la no silêncio. Deus fala no silêncio de cada um.

Deus não tem religião. Encontre uma verdade para a vida e que esta verdade habite seu ser, sua alma, sua mente e seu espírito. Busque esta verdade como quem tem sede.

A vida é sagrada. Não destrua o corpo que é sagrado. Não banalize.

Se te falta ânimo e esperança, levante e caminhe com as próprias pernas. A força da razão te diz o que é bom para você, então procure o que é bom para você.

Isto é para mim, também. Eu não sou nenhum iluminado. Sou mais um entre tantos outros, que sabe que o tempo não pode voltar para trás. Eu não posso voltar para consertar os erros que já fiz, as pessoas que machuquei. Mais me envergonho do que me orgulho. Que a minha vergonha, seja motivo para caminhar, também. Se eu errei, é um motivo para tentar acertar.

Se apegue a Deus, peça perdão pelos seus erros e aprenda a perdoar, também. Se perdoe, porque ninguém pode te julgar. Só você e Deus.

Eu não aponto o dedo para ninguém e não aceito que ninguém aponte o dedo para mim. Se eu errei, eu agora quero acertar. Esta é a história de cada um de nós. Seja forte, não desanime, acenda uma luz. Nós estamos aqui para ajudar e orientar.

Quem pode mais que Deus? Mais que Deus, ninguém. Ele que é tudo, que tudo pode.
 
Que Deus nos ampare, aqui, agora e sempre. 
Assim seja!

Rubio Nunes

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Mensagem


Oxalá nos enviou a mensagem que não devemos nos preocupar em sermos amados, pois isto ensejaria em virtude. Devemos nos preocupar em amarmos sobre todas as coisas, isso é sublime

Exu e Pomba Gira na Umbanda



Anjos ou Demônios?

Doutrinados nas leis da Umbanda, os Exus e Pomba Giras são emissários, elo entre os homens e os Orixás.

Subordinados às energias superiores, são compro­missados com as leis divi­nas e estagiam em graus médios da espiritualidade, praticando o bem, caminhando na luz em bus­ca de sua própria evolução. Tri­lham no astral inferior apenas para combater o mal: desfazem feitiços, trabalhos de magia negra em pes­soas e ambientes; resgatam os espíritos malignos e obsessores, responsáveis por separações de casais; vícios de bebidas e drogas; embaraços nos negócios; pertur­bações; discussões em família e uma infinidade de malefícios… En­caminham estes espíritos a um guardião-chefe, onde passam por uma triagem e, após se redimirem de seus erros, são batizados e preparados para cumprir sua missão, juntamente com o Exu que lhes resgatou. Esses Exus, no cumprimento de suas missões, evoluem: são co­roados e recebem, por mé­rito de seu sacrifício, a con­dição de progredirem como elementos da linha positi­va.

É comum ouvir dizer que sem Exu não se faz nada. Isso se dá pelo fato destas entidades estarem frente aos combates es­pirituais, prestando defe­sa e proteção, e não por­que são vingadores, traí­ras ou forças do mal, como a maior parte das lendas nos leva a pensar.
Entretanto cabe lem­brar, que o estágio evolutivo de Exu é “inferior” ao dos caboclos, baianos, pretos-velhos, etc., o que também não significa que não sejam evoluídos – ape­nas encontram-se num es­tágio abaixo. Sua energia é mais densa e sua vibração ou força de incorporação está mais próxima ou simi­lar à vibração da Terra, exi­gindo dos médiuns uma concentração diferenciada da que possam sentir ao in­corporarem um caboclo, um baiano ou preto-velho. Fato é que, quanto mais evoluída for a entidade a ser incorporada, mais sutil será a incorporação e a energia sentida. Há também de se lembrar que, quando um médium incorpora um Exu ou Pomba Gira, ele está ativando seus chackras infe­riores, e, se este médium for despreparado ou tiver conduta questionável, po­derá interferir na incorpo­ração: ele dará vazão aos seus sentimentos meno­res, transferindo para o Exu o seu tipo de compor­tamento e neste caso não há dúvidas: o médium está mistificando um ato sagra­do da espiritualidade.

Outro aspecto a ressal­tar é que esse estágio es­piritual, onde se encontra Exu, em nada o impede de trabalhar harmoniosamen­te com as entidades mais evoluídas, até porque a questão hierárquica, no Pla­no Astral, é sublimada: lá não existem disputas pelo poder, pois, todos estão conscientes de suas tare­fas e de seus graus. Bom, agora que já transcorremos de forma esclarecedora, sobre o tema, conheça mais sobre alguns guardiões e suas falanges.

Exu e Sua Forma Original

Na tentativa de manter o culto aos seus deuses no Brasil, os negros escravos buscaram pontos de convergência entre a trajetória dos santos católicos e os dezesseis orixás do culto do Candomblé, mais conhecidos e tradicionalmente cultuados. Exu foi representado no sincretismo católico, pelos negros africanos, por Santo Antônio, simplesmente por questões similares como a cor de ambos e governança: o número sete, os cemitérios, encruzas e sua personalidade forte.

Este orixá foi o que mais sofreu uma perseguição sistemática, pelos missionários catequizadores, sendo associado ao Diabo. Nesta mistura de mentiras, médiuns despreparados recebiam espíritos que se passavam por Exu, dizendo que era o Demônio, fazendo com que comerciantes inescrupulosos e ignorantes criassem uma imagem de Exu, cada vez mais distorcida e tenebrosa. Exu, sobre esta concep­ção, ganhou chifre, rabo e pata de animais. Verdade é que, a forma original de Exu é humana, ele tem dois braços, duas pernas, dois olhos e uma cabeça! Os espíritos que compõem a falange de Exu são espíritos como nós, contemporâneos até. Essa associ­ação, indevida e maldosa, com o passar do tempo, foi caindo no gosto popular e na psique de pessoas mentalmente e espiri­tualmente doentes, que começaram a construir a visão irreal de que Exu é o Demônio. Diferente dos quiumbas, zombe­teiros e outros espíri­tos oportunistas, que podem mistificar os trabalhos espirituais e se passarem por Exu, cada ser humano têm, pelo menos, um casal de Exus que influenci­am permanentemente em seu destino.

Para fechar esta postagem, esclareçamos outro mito: independe do sexo e da sexualidade do médium a incorporação de um Pombo-gira ou Exu. Isto quer dizer que um médium homem jamais terá sua sexualidade transmutada ou interferida porque incorpora uma Pombo-gira e a recíproca é verdadeira. Estas “lendas” em nada conferem com a realidade da pura espiritualidade e, pelo contrário, distorcem ainda mais a verdade dos fatos.

Que os Exus e Pomba Giras os protejam e que Oxalá os abençoem! Muita Paz e Luz a todos!

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Dia da Mamãe Oxum


Oxum, querida mãe
minha menina faceira,
abre em mim tua cachoeira
e lava minha alma
de tanta sujeira.

Oxum, minha rainha.
Deusa da água doce.
Molda-me como se fosse
uma das tuas pedrinhas.

Leva-me no teu leito.
Acolhe-me no teu peito.
Nina-me com teu balançar...

Eu vou dormir sossegado
pois sei que estou amparado.
Oxum, não me deixa naufragar.



Teu curso
Meu porto seguro...
Minha alma
Tua morada...

Deusa, Mãe
Rainha, dourada
Fértil
Fecunda o mundo...

Gigante por natureza
Senhora de real beleza
Majestosa em tua grandeza
Sempre implacável
Silenciosa...

Detentora dos segredos
Protetora do Sagrado
Grande Pássaro encantado
Misterioso e temido.

Em teu regaço peço abrigo
Em tuas águas lavo meu pranto
Quando triste
Por ti clamo
E logo sou acolhido.

Senhora de minha razão
Direção de minha caminhada
Essência de minha alma...

...Meu lado direito
Meu lado esquerdo
Meu coração.

Ora iê iê ô... Mamãe Oxum

A Tristeza dos Orixás



Não sou muito de postar no Blog sobre Lendas de Orixás, mas esse texto nos trás uma mensagem muito importante para a seara da Umbanda. Muita Paz e Luz!

Foi, não há muito tempo atrás, que essa história aconteceu. Contada aqui de uma forma romanceada, mas que trás em sua essência, uma verdadeira mensagem para os umbandistas…

Ela começa em uma noite escura e assustadora, daquelas de arrepiar os pelos do corpo. Realmente o Sol tinha se escondido nesse dia, e a Lua, tímida, teimava em não iluminar com seus encantadores raios, brilhosos como fios de prata, a morada dos Orixás.

Nessa estranha noite, Ogum, o Orixá das “guerras”, saiu do alto ponto onde guarda todos os caminhos e dirigiu se ao mar. Lá chegando, as sereias começaram a cantar e os seres aquáticos agitaram se. Todos adoravam Ogum, ele era tão forte e corajoso.
Iemanjá que tem nele um filho querido, logo abriu um sorriso, aqueles de mãe “coruja” quando revê um filho que há tempos partiu de sua casa, mas nunca de sua eterna morada dentro do coração:

- Ah Ogum, que saudade, já faz tanto tempo! Você podia vir visitar mais vezes sua mãe, não é mesmo? _ ralhou Iemanjá, com aquele tom típico de contrariedade.

- Desculpe, sabe, ando meio ocupado_ Respondeu um triste Ogum.

- Mas, o que aconteceu? Sinto que estás triste.

- É, vim até aqui para “desabafar” com você “mãeinha”. Estou cansado! Estou cansado de muitas coisas que os encarnados fazem em meu nome. Estou cansado com o que eles fazem com a “espada da Lei” que julgam carregar. Estou cansado de tanta demanda. Estou muito mais cansado das “supostas” demandas, que apenas existem dentro do íntimo de cada um deles… Estou cansado…

Ogum retirou seu elmo, e por de trás de seu bonito capacete, um rosto belo e de traços fortes pôde ser visto. Ele chorava. Chorava uma dor que carregava há tempos. Chorava por ser tão mal compreendido pelos filhos de Umbanda.

Chorava por ninguém entender, que se ele era daquele jeito, protetor e austero, era porque em seu peito a chama da compaixão brilhava. E, se existe um Orixá leal, fiel e companheiro, esse Orixá é Ogum. Ele daria a própria Vida, por cada pessoa da humanidade, não apenas pelos filhos de fé. Não! Ogum amava a humanidade, amava a Vida.

Mas infelizmente suas atribuições não eram realmente entendidas. As pessoas não viam em sua espada, a força que corta as trevas do ego, e logo a transformavam em um instrumento de guerra. Não vinham nele a potência e a força de vencer os abismos profundos, que criam verdadeiros vales de trevas na alma de todos. Não vinham em sua lança, a direção que aponta para o autoconhecimento, para iluminação interna e eterna.

Não! Infelizmente ele era entendido como o “Orixá da Guerra”, um homem impiedoso que utiliza se de sua espada para resolver qualquer situação. E logo, inspirados por isso, lá iam os filhos de fé esquecer dos trabalhos de assistência a espíritos sofredores, a almas perdidas entre mundos, aos trabalhos de cura, esqueciam do amor e da compaixão, sentimentos básicos em qualquer trabalho espiritual, para apenas realizaram “quebras e cortes” de demandas, muitas das quais nem mesmo existem, ou quando existem, muitas vezes são apenas reflexos do próprio estado de espírito de cada um. E mais, normalmente, tudo isso torna se uma guerra de vaidade, um show “pirotécnico” de forças ocultas. Muita “espada”, muito “tridente”, muitas “armas”, pouco coração, pensamento elevado e crescimento espiritual.
Isso magoava Ogum. Como magoava:

- Ah, filhos de Umbanda, por que vocês esquecem que a Umbanda é pura e simplesmente amor e caridade? A minha espada sempre protege o justo, o correto, aquele que trabalha pela luz, fiando seu coração em Olorum. Por que esquecem que a Espada da Lei só pode ser manuseada pela mão direita do amor, insistindo em empunhá la com a mão esquerda da soberbia, do poder transitório, da ira, da ilusão, transformandona em apenas mais uma espada semeadora de tormentos e destruição…

Então, Ogum começou a retirar sua armadura, que representava a proteção e firmeza no caminho espiritual que esse Orixá traz para nossa vida. E totalmente nu ficou frente à Iemanjá. Cravou sua espada no solo. Não queria mais lutar, não daquele jeito. Estava cansado…

Logo um estrondo foi ouvido e o querido, mas também temido Tatá Omulu apareceu. E por incrível que pareça o mesmo aconteceu. Ele não agüentava mais ser visto como uma divindade da peste e da magia negativa. Não entendia, como ele, o guardião da Vida podia ser invocado para atentar contra Ela. Magoava – se por sua alfange da morte, que é o princípio que a tudo destrói, para que então a mudança e a renovação aconteçam, ser tão temida e mal compreendida pelos homens.

Ele também deixou sua alfange aos pés de Iemanjá, e retirou seu manto escuro como a noite. Logo via se o mais lindo dos Orixás, aquele que usa uma cobertura para não cegar os seus filhos com a imensa luz de amor e paz que irradia – se de todo seu ser. A luz que cura, a luz que pacifica, aquela que recolhe todas as almas que perderam se na senda do Criador. Infelizmente os filhos de fé esquecem disso…

Mas o mais incrível estava por acontecer. Uma tempestade começou a desabar aumentando ainda mais o aspecto incrível e tenebroso daquela estranha noite. E todos os outros Orixás começaram a aparecer, para logo, começarem também a despir suas vestimentas sagradas, além de deixarem ao pé de Iemanjá suas armas e ferramentas simbólicas.

Faziam isso em respeito a Ogum e Omulu, dois Orixás muito mal compreendidos pelos umbandistas. Faziam isso por si próprios. Iansã queria que as pessoas entendessem que seus ventos sagrados são o sopro de Olorum, que espalha as sementes de luz do seu amor. Oxossi queria ser reverenciado como aquele que, com flechas douradas de conhecimento, rasga as trevas da ignorância. Egunitá apagou seu fogo encantador, afinal, ninguém lembrava da chama que intensifica a fé e a espiritualidade. Apenas daquele que devora e destrói. Os vícios dos outros, é claro.
Um a um, todos foram despindo se e pensando quanto os filhos de Umbanda compreendiam erroneamente os Orixás.

Iemanjá, totalmente surpresa e sem reação, não sabia o que fazer. Foi quando uma irônica gargalhada cortou o ambiente. Era Exu. O controvertido Orixá das encruzilhadas, o mensageiro, o guardião, também chegava para a reunião, acompanhado de Pomba Gira, sua companheira eterna de jornada.

Mas os dois estavam muito diferentes de como normalmente apresentam se. Andavam curvados, como que segurando um grande peso nas costas. Tinham na face, a expressão do cansaço. Mas, mesmo assim, gargalhavam muito. Eles nunca perdiam o senso de humor!

E os dois também repetiram aquilo que todos os Orixás foram fazer na casa de Iemanjá. Despiram se de tudo. Exu e Pomba Gira, sem dúvida, eram os que mais razões tinham de ali estarem. Inúmeros eram os absurdos cometidos por encarnados em nome deles. Sem contar o preconceito, que o próprio umbandista ajudou a criar, dentro da sociedade, associando o a figura do Diabo:

- Hahaha, lamentável essa situação, hahaha, lamentável! Exu chorava, mas Exu continuava a sorrir. Essa era a natureza desse querido Orixá.

Iemanjá estava desesperada! Estavam todos lá, pedindo a ela um conforto. Mas nem mesmo a encantadora Rainha do Mar sabia o que fazer:

- Espere!_ pensou Iemanjá!_ Oxalá, Oxalá não está aqui! Ele com certeza saberá como resolver essa situação.

E logo Iemanjá colocou se em oração, pedindo a presença daquele que é o Rei entre os Orixás. Oxalá apresentou – se na frente de todos. Trazia seu opaxorô, o cajado que sustenta o mundo. Cravou ele na Terra, ao lado da espada de Ogum. Também despiu – se de sua roupa sagrada, pra igualar se a todos, e sua voz ecoou pelos quatro cantos do Orun:

- Olorum manda uma mensagem a todos vocês meus irmãos queridos! Ele diz para que não desanimem, pois, se poucos realmente os compreendem, aqueles que assim o fazem, não medem esforços para disseminar essas verdades divinas. Fechem os olhos e vejam, que mesmo com muita tolice e bobagem relacionada e feita em nossos nomes, muita luz e amor também está sendo semeado, regado e colhido, por mãos de sérios e puros trabalhadores nesse às vezes triste, mas abençoado planeta Terra. Esses verdadeiros filhos de fé que lutam por uma Umbanda séria, sem os absurdos que por aí acontecem. Esses que muito além de “apenas” prestarem o socorro espiritual, plantam as sementes do amor dentro do coração de milhares de pessoas. Esses que passam por cima das dificuldades materiais, e das pressões espirituais, realizando um trabalho magnífico, atendendo milhares na matéria, mas também, milhões no astral, construindo verdadeiras “bases de luz” na crosta, onde a espiritualidade e religiosidade verdadeira irão manifestar-se. Esses que realmente nos compreendem e buscam nos dentro do coração espiritual, pois é lá que o verdadeiro Orun reside e existe. Esses incríveis filhos de umbanda, que não colocam as responsabilidades da vida deles em nossas costas, mas sim, entendem que tudo depende exclusivamente deles mesmos. Esses fantásticos trabalhadores anônimos, soltos pelo Brasil, que honram e enchem a Umbanda de alegria, fazendo a filhinha mais nova de Olorum brilhar e sorrir…

Quando Oxalá calou–se os Orixás estavam mudados. Todos eles tinham suas esperanças recuperadas, realmente viram que se poucos os compreendiam, grande era o trabalho que estava sendo realizado, e talvez, daqui algum tempo, muitos outros juntariam–se nesse ideal. E aquilo alegrou – os tanto que todos começaram a assumir suas verdadeiras formas, que são de luzes fulgurantes e indescritíveis. E lá, do plano celeste, brilharam e derramaram–se em amor e compaixão pela humanidade.

Em Aruanda, os Caboclos, Pretos Velhos e Crianças, o mesmo fizeram. Largaram tudo, também despiram–se e manifestaram sua essência de luz, sua humildade e sabedoria comungando a benção dos Orixás.

Na Terra, Baianos, Marinheiros, Boiadeiros, Ciganos e todos os povos de Umbanda, sorriam. Aquelas luzes que vinham lá do alto os saudavam e abençoavam seus abnegados e difíceis trabalhos. Uma alegria e bem aventurança incríveis invadiram seus corações. Largaram as armas. Apenas sorriam e abraçavam–se. O alto os abençoava…

Mas, uma ação dos Orixás nunca fica limitada, pois é divina, alcançando assim, a tudo e a todos. E lá no baixo astral, aqueles guardiões e guardiãs da lei nas trevas também foram alcançados pelas luzes Deles, os Senhores do Alto. Largaram as armas, as capas, e lavaram suas sofridas almas com aquele banho de luz. Lavaram seus corações, magoados por tanta tolice dita e cometida em nome deles. Exus e Pomba Giras, naquele dia foram tocados pelo amor dos Orixás, e com certeza, aquilo daria força para mais muitos milênios de lutas insaciáveis pela Luz.

Miríades de espíritos foram retirados do baixo astral, e pela vibração dos Orixás puderam ser encaminhados novamente à senda que leva ao Criador. E na matéria toda a humanidade foi abençoada. Aos tolos que pensam que Orixás pertencem a uma única religião ou a um povo e tradição, um alerta. Os Orixás amam a humanidade inteira, e por todos olham carinhosamente.
Aquela noite que tinha tudo para ser uma das mais terríveis de todos os tempos, tornou–se benção na vida de todos. Do alto ao embaixo, da esquerda até a direita, as egrégoras de paz e luz deram as mãos e comungaram daquele presente celeste, vindo diretamente do Orun, a morada celestial dos Orixás.

Vocês, filhos de Umbanda, pensem bem! Não transformem a Umbanda em um campo de guerra, onde os Orixás são vistos como “armas” para vocês acertarem suas contas terrenas. Muito menos esqueçam do amor e compaixão, chaves de acesso ao mistério de qualquer um deles. Umbanda é simples, é puro sentimento, alegria e razão. Lembrem-se disso.

E quanto a todos aqueles, que lutam por uma Umbanda séria, esclarecida e verdadeira, independente da linha seguida, lembrem – se das palavras de Oxalá ditas linhas acima.
Não desanimem com aqueles que vos criticam, não fraquejem por aqueles que não tem olhos para ver o brilho da verdadeira espiritualidade.

Lembrem se que vocês também inspiram e enchem os Orixás de alegria e esperança. A todos, que lutam pela Umbanda nessa Terra de Orixás. Honrem-los. Sejam luz, assim como Eles!

Salve o Pai Oxalá

Por Rubio Nunes
O Texto “A Tristeza dos Orixás” é de autoria de Fernando Sepe escrito para o Jornal de Umbanda Sagrada.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Dia de Iansâ


Ah que cabocla mais linda,
vestida ora de amarelo,
ora se veste de vermelho,
dependendo para que vem.

Sua luz resplandecente,
cega a todos que a vê,
sua beleza tão pura,
faz o ser se prostar.

Não há quem se ache digno,
de para ela olhar,
mas sentem a sua energia,
fazendo a lei imperar.

Não gosta de injustiças,
chora por quem as sofre,
mas chora muito mais,
pelos transgressores da lei.

Esta mãe amorosa,
terá que redirecioná-los,
a estrada do retorno,
é sofrida ela bem sabe.

Os ampara em sua queda,
ministra o remédio amargo,
a mesmo tempo os cerca,
para dar-lhes o consolo.

Sua energia guerreira,
não os deixa desistir,
mas só volta a sorrir,
quando eles retornarem.

Lindo trabalho ela faz,
redirecionar os seres ao Pai,
através de Lei Justa,
aplicada com amor.

Te saúdo minha mãezinha,
agradecendo todos os dias,
por tu de mim cuidares,
 
Eparrêi! Iansã.