Meus irmãos, sede humildes, tende amor no coração, amor de irmão para
irmão, porque vossas mediunidades ficarão mais puras, servindo aos
espíritos superiores que venham trabalhar entre vós. É preciso que os
aparelhos estejam sempre limpos, os instrumentos afinados com as
virtudes que Jesus pregou na Terra, para que tenhamos boas comunicações e
proteção para àqueles que vêm em busca de socorro nas casas de umbanda.
Meus irmãos, meu aparelho já está velho, com 80 anos a fazer, mas
começou antes dos dezoito. Posso dizer que o ajudei a se casar, para que
não estivesse a dar cabeçadas, para que fosse um médium aproveitável e
que, pela sua mediunidade, eu pudesse implantar a nossa umbanda. A maior
parte dos que trabalham na umbanda, se não passaram por esta Tenda,
passaram pelas que saíram desta casa.
Tenho uma coisa a vos pedir: se Jesus veio ao planeta Terra na
humildade de uma manjedoura, não foi por acaso; assim o Pai determinou.
Podia ter procurado a casa de um potentado da época, mas foi escolher
naquela que poderia ser sua mãe um espírito excelso, amoroso e abnegado.
Que o nascimento de Jesus e a humildade que Ele demonstrou na Terra
sirvam de exemplo a todos, iluminando os vossos espíritos, extraindo a
maldade dos pensamentos ou das práticas. Que Deus perdoe as maldades que
possam ter sido pensadas, para que a paz reine em vossos corações e nos
vossos lares. Fechai os olhos para a casa do vizinho; fechai a boca
para não murmurar contra quem quer que seja; não julguei para não serdes
julgado; acreditai em Deus e a paz entrará em vosso lar. É dos
Evangelhos. Eu, meus irmãos, como o menor espírito que baixou a Terra,
porém amigo de todos, numa comunhão perfeita com companheiros que me
rodeiam neste momento, peço que eles observem a necessidade de cada um
de vós e que, ao sairdes deste templo de caridade, encontreis os
caminhos abertos, vossos enfermos curados, e a saúde em para sempre em
vossa matéria. “Com um voto de paz, saúde e felicidade, com humildade,
amor e caridade, sou e sempre serei o humilde Caboclo das Sete
Encruzilhadas.”