“A fé é a substância das coisas esperadas” (Hebr. 11:1)
Acreditam
muitos que a fé é uma “virtude” infusa de fora. E é comum ouvirmos: “queria ter
fé, e não consigo”. Pensamos que existe ai um equívoco, embora fácil de
consertar. Quando tomamos o lápis para anotar um pensamento, só o fazemos
porque temos fé no lápis: sabemos que ele escreverá. Quando nos sentamos à mesa
para alimentar-nos, fazemo- lo porque temos fé: a comida que ingerimos
sustentará nosso organismo físico. Quando entramos numa condução, temos fé: ela
nos conduzirá a nosso destino.
Que será então a fé?
Simplesmente a
certeza de que alguma coisa realizará a tarefa para a qual a utilizamos.
Portanto, podemos dizer que a fé é uma qualidade intelectual, uma certeza, uma
convicção comprovada, uma segurança nas estradas da vida. A fé, muitas vezes, é
produzida pela experiência. quando verificamos de determinada maneira, obtemos
certo resultado, das próximas vezes agiremos do mesmo modo, a fim de conseguir
o resultado certo.
Essa fé, se
firme e inabalável, isenta de dúvidas e oscilações, chega a plasmar, a forjar,
a criar, aquilo que desejamos. Na epístola aos Hebreus, Paulo, o apóstolo (ou o
grande orador Apolo, seu companheiro) escreveu: “a fé é a substância das coisas
esperadas” (Hebr. 11:1).
Essa definição
confirma totalmente nossas anteriores afirmativas. A substância é exatamente a
base energética, o princípio verticoso do mundo astral, em redor do qual se
agregam, condensam-se, congelando-se ou cristalizando-se, os átomos que
constituem o corpo material. Dos seres e das coisas, vemos apenas a parte
externa, a superfície, a periferia, jamais atingindo nossos sentidos a
substância íntima, a essência última. No entanto, é inegavelmente a substância
que faz que o objeto seja o que ele é.
A madeira é a
mesma madeira em toda parte. A substância íntima é que faz chamarmos a esta
madeira “mesa”, aquela “cadeira”, aquela outra “banco”, a uma quarta “caixa”, a
uma quinta “estante”, a uma sexta “estátua”, e assim por diante. Não é o fato
de ser madeira, mas de constituir o “objeto tal”, ou seja, de “revestir aquela
substância”, que lhe dá a denominação.
Então, fé é a
construção, a criação da substância das coisas que desejamos. Se esse desejo
for a perfeição espiritual, o desenvolvimento intelectual, a aquisição de
dinheiro ou a conquista da saúde, qualquer que seja ele, podemos obtê-lo, se
tivermos fé, nem que seja pequenina, do “tamanho de um grão de mostarda” (Mat.
17:19).
E, sabendo nós
que a fé não é algo que “se ganhe” de fora, mas que é constituída de uma
convicção que nasce da experiência, por que não temos fé? Por que não a
utilizamos para conseguir o que desejamos na vida? Por que lamentar-nos do que
vem de fora, quando sabemos que podemos construir tudo, partindo de dentro de
nós mesmos, onde Deus habita com toda plenitude de Sua divindade?
Não percamos mais
tempo: Deus conosco, Deus em nós, que mais esperamos?
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