– Por que ficamos ansiosos?
A maioria dos médiuns tem
sua iniciação mediúnica – momento em que suas faculdades mediúnicas já
despertadas passam a ser utilizadas de modo sistemático e mais intenso, dentro
dos rituais e trabalhos existentes numa casa umbandista – marcada pela difícil
fase da ansiedade e da adaptabilidade que esse começo representa.
Ansiedade no médium
iniciante pode trazer algumas situações desconcertantes como:
• Ficar pensando de modo
intenso nas coisas ligadas à espiritualidade;
• Ficar com os pontos
cantados ecoando na mente;
• Ficar cantando a qualquer
momento e lugar os pontos cantados;
• Conversar somente sobre o
assunto espiritualidade a qualquer oportunidade em que hajam mais pessoas que
pertençam à mesma religião ou casa;
• Ler muitos livros sobre o
assunto, querendo esgotar todos os pontos de dúvidas rapidamente;
• Querer conhecer tudo
sobre a Umbanda num espaço de tempo curto;
• Ter sonhos constantes com
rituais, entidades, trabalhos;
• Ficar vendo em qualquer
situação algum tipo de ligação com a espiritualidade;
• Não parar de preocupar-se
em manter-se dentro das condutas que sua casa pede;
• Querer incorporar logo;
• Ficar muito preocupado se
está mesmo incorporando uma entidade ou se está apenas imitando uma entidade;
• Desejar ardentemente que
tenha a inconsciência durante as incorporações;
• Querer aprender tudo
sobre os rituais que sua casa pratica, chegando ao ponto de perguntar de tudo a
todos os demais médiuns mais experimentados;
• Querer saber tudo,
através de relatos de outros médiuns, o que ele fez quando estava incorporado,
o que a entidade falou, deixou de fazer;
• Passar a realizar em seu
próprio lar, uma verdadeira transformação de hábitos, querendo que todos tomem
banhos de defesa, defumem-se, orem, cantem, entre outras coisas;
• Querer que suas entidades
receitem rapidamente a confecção ou aquisição das guias (colares) e quanto
maior o número de guias melhor;
• Desejar ardentemente que
tenha incorporações “fortes”, isto é, que as entidades já venham de modo com
que não gerem dúvida a ninguém;
• Que suas entidades já
risquem seus pontos e que seja algo bem impressionável;
• Que suas entidades dêem
logo seus nomes e torce para que sejam nomes “fortes” e conhecidos;
• Querem decifrar todos os
símbolos que suas entidades desenharam em pontos riscados;
• Querem saber da história,
vida, ponto cantado e tudo o mais sobre suas entidades;
Essas situações e mais
outras não citadas são consideradas até normais e encaradas por aqueles outros
médiuns mais tarimbandos como coisa comum de se acontecer. E de fato é, portando não se preocupe.
O que o dirigente e os
médiuns mais experientes devem fazer é aconselhar esses neófitos, direcioná-los
em atividades que os tirarão um pouco desta fixação, é ouvi-los e explicar cada
uma das dúvidas e dificuldades existentes.
Toda essa ansiedade é
temporária e assim que o novo médium for tendo mais e mais experiências, ele
passa a lidar de modo mais natural, menos ansioso e aflito com essas situações.
Sempre pergunte e tire suas dúvidas, nunca fica remoendo na cabeça dúvidas e perguntas. ESCLAREÇA SUAS DÚVIDAS SEMPRE!
O tema deve ser abordado de
modo atencioso, respeitoso, prático e esclarecedor para poder dar melhor formação
espiritual e criar uma estrutura mediúnica mais eficaz à própria casa, uma vez
que estes novos médiuns passam a compor o já formado corpo mediúnico da casa,
fazendo número e qualidade na força da corrente da casa umbandista.
Desperdiçar a chance de esclarecimento
quando esses médiuns estão ávidos por conhecimento e abertos para serem
direcionados é deixar ao acaso a responsabilidade da formação destes médiuns,
podendo levá-los a vícios, “cacoetes” e maus hábitos mediúnicos que nunca mais
poderão ser retirados.
E
o velho adágio popular é verdadeiro : “Pau que nasce torto, morre torto”...
Saravá
a todos irmãos.
Rubio
Nunes
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