Por causa de Oxalá, a cor branca está associada ao
candomblé e aos cultos afro-brasileiros em geral, e não importa qual o santo
cultuado num terreiro, nem o Orixá de cabeça de cada filho de santo, é comum
que se vistam de branco, prestando homenagem ao Pai de todos os Orixás e dos
seres humanos.
Além disso, quando da manifestação do Caboclo das
Sete Encruzilhadas, no momento em que expressou as diretrizes da nova religião,
a Umbanda, ele sugeriu que todos os médiuns, sacerdotes ou pessoas que participassem
das sessões vestissem roupas de cor branca.
A cor branca sempre foi usada desde os tempos
remotos para simbolizar a paz e a fraternidade. Nas antigas ordens religiosas
do Oriente, encontramos a cor branca como sinônimo de elevada sabedoria e alto
grau de espiritualidade.
Os Magos Brancos da antiga Índia eram assim
chamados por utilizarem sua magia sempre para o bem, e suas vestes sacerdotais
eram sempre brancas. Também consideramos que a cor branca dá a sensação de
limpeza, beleza, paz e harmonia, por isso, tantos profissionais a utilizam para
representar sua ação, como a área médica e a de ensino. Há, ainda, uma razão
científica para o uso dessa cor.
"Segundo estudos e pesquisas elaborados pelo
cientista Isaac Newton, descobriu-se que, quando a luz solar (branca) passa por
um prisma de cristal, desdobra-se a cor matriz (branca) nas cores do arco-íris,
provando assim que a cor branca contém dentro de si todas as demais cores."
Em
outras palavras...
Essas
duas cores representam à união e a ausência de todas as cores e nos levam ao
plano iniciatório ultrapassando a dualidade. São as cores do universo simbólico
representado no tabuleiro do Xadrez, no preto que é luto no ocidente e no
branco que é o luto no oriente, no branco que é a cor do vestido da noiva e no
preto que a cor do fraque do noivo, no preto que é a noite insondável e no
branco que é a neve que reflete a luz fria em altitudes inatingíveis.
O
branco e o preto se alternam quando a palheta de cores atinge certa rotação,
formando um desenho preto-branco e branco-preto criando uma nova unidade de
cor. O branco é a pureza e o preto é atração magnética que tudo absorve, é o
feminino e o masculino, o positivo e o negativo, o oriente e o ocidente, o yin
e o yang, o sol que reflete a luz e a lua que absorve a claridade, é a presença
e a ausência.
-
Branco: pureza, inocência, reverência, paz, simplicidade, esterilidade,
rendição.
-
Preto: poder, modernidade, sofisticação, formalidade, morte, medo, anonimato,
raiva, mistério.
Na
Umbanda usa-se como roupagem para os médiuns apenas roupa branca, representando
a simplicidade e humildade. O branco representa e é a cor de Oxalá e além do
sentido da pureza e da reverência ele traz a proteção espiritual para o médium,
pois o branco É IRRADIADOR POR SI SÓ formando um campo de força único, fazendo
com que o baixo astral não consiga enxergar ou caracterizar o médium
protegendo-o dos ataques espirituais.
A
cor branca resulta da sobreposição de todas as cores, enquanto o preto é a
ausência de luz. Uma luz branca pode ser decomposta em todas as cores (o
espectro) por meio de um prisma. Na natureza, esta decomposição origina um
arco-íris.
Na
Umbanda por exemplo, aquela trazida pelo Caboclo das 7 Encruzilhadas, não é
comum o uso de fantasias, adornos, enfeites, objetos brilhantes e coloridos, ou
afins, como se verifica no candomblé ou kimbanda por exemplo, onde cada qual
segue sua ritualística. Pode ocorrer de uma preta velha solicitar uma saia ou
um lenço para simplesmente amarrar os cabelos... Mas uma outra visão sobre a
vestimenta e apetrechos materiais utilizados pelos Guias Espirituais são como
condensadores de energia, sendo um modo de concentrá-la e depois enviá-la ou
dissipá-la no elemento apropriado.
Deve-se
ficar atento diante das solicitações espirituais para que não haja influência
do próprio médium perdendo todo o efeito de realização e descaracterizando a
Umbanda de sua simplicidade, pois como diz Xangô, vestir branco é o branco
interno e não o externo.
No
entanto a roupa branca quando destinada aos trabalhos caritativos deve ser
usada única e exclusivamente na hora dos trabalhos mediúnicos.
Saravá a todos irmãos.
Rubio Nunes
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